Desperdício de alimentos é um tema muito sério e o mundo não suportará jogar fora, por exemplo, 30% de tudo o que se produz em alimentos.
Apesar deste número alarmante, a Organização das Nações Unidas (ONU) teve que cortar alimentos dos refugiados da Etiópia e outros países africanos por um problema de verba, o que demonstra o quanto a distribuição de alimentos ainda é deficitária em todo o globo.
Preocupados com esse cenário, os supermercados brasileiros terão nesta semana a 6ª edição do Fórum de Prevenção de Perdas e Desperdício de Alimentos em São Paulo, na Associação Brasileira de Supermercados (Abras), com o tema: “O lucro que vai para o lixo”.
Não somente os alimentos vão para o lixo, como também o lucro e receitas, tudo isso por causa de um manejo inadequado e pela falta de educação sobre nutrição, alimentação e saúde da população.
Os supermercados têm mais de 89 mil lojas no país e por eles passam todos os dias mais de 27 milhões de brasileiros.
Os níveis de perdas e desperdícios se equivalem ao lucro do setor. Quer dizer então que, se diminuirmos em 50% o que se perde, melhoraríamos o mesmo percentual nos resultados de todo esse varejo, que significa a porta de entrada do caixa do agronegócio e, ao mesmo tempo, o ponto nobre do contato do consumidor final com toda a produção do agronegócio.
Produtos com validade vencidas representam 28% das perdas, composto basicamente por frutas, legumes e verduras, ao lado das carnes, e todos os demais perecíveis.
A nova pesquisa de prevenção de perdas será apresentada nesta quarta, dia 15, no auditório da Abras em São Paulo, por Monica Reimberg, Coordenadora do Comitê Abras de Prevenção de Perdas e Desperdícios de Alimentos, e por Carlos Eduardo Peruzzi, Gerente de Prevenção de Perdas do Supermercado Lopes.
Diversas entidades do agronegócio estarão presentes nesse evento, pois a questão da sustentabilidade envolve toda a cadeia produtiva, desde sua originação até a casa do consumidor final.
Nesse sentido, os supermercados podem ser mais do que pontos de vendas, podem ser transformados em pontos de educação, tanto para clientes, quanto para fornecedores e produtores rurais.
O Brasil que coopera, supera.